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domingo, 5 de julho de 2009

Vida de acadêmico...

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Três novas espécies de dinossauros são descobertas na Austrália

Arte mostra os três novos dinossauros: de cima para baixo, Banjo, Clancy e Matilde (Imagem: BBC Brasil)

BBC Brasil - 03/07/2009 08:41

Paleontólogos australianos anunciaram a descoberta de três espécies de dinossauros cujos fósseis foram escavados na chamada formação Winton, uma região rochosa do período Cretáceo localizada no Estado de Queensland, nordeste do país.


Uma das espécies, o carnívoro Australovenator wintonensis, foi descrita como um predador com três garras penetrantes em cada pata, maior e mais temeroso que o Velociraptor retratado no filme Jurassic Park.
Leve e ágil, este caçador era capaz de perseguir e alcançar facilmente sua presa em um terreno aberto, disseram os cientistas.

As outras duas espécies eram herbívoras: o Witonotitan wattsi era um animal magro e alto, semelhante a uma girafa, enquanto o Diamantinasaurus matildae tinha formas mais corpulentas, como um hipopótamo. Ambos eram titanossauros, as criaturas mais pesadas que já viveram na Terra.

Batizados em referência aos titãs da mitologia grega, foram um dos últimos saurópodes do período Cretáceo, cerca de 100 milhões de anos atrás.


Importância

Detalhes da descoberta foram publicados na revista científica de acesso aberto PLOS One por uma equipe de pesquisadores liderada pelo curador de Geociências do Museu de Queensland, Scott Hocknull, e colegas do Museu de História Natural da Austrália.

Os novos dinossauros foram apelidados pelos cientistas através de referências à canção Waltzing Matilda, uma espécie de ‘hino’ do folclore australiano, composta no final do século 19 pelo compositor Banjo Patterson na cidade de Winton.

Banjo (o Australovenator) e Matilda (o Diamantinasaurus) – possivelmente predador e presa – foram encontrados juntos em um lago de 98 milhões de anos, afirmaram os cientistas. O Witonotitan foi apelidado de Clancy.




Arte mostra os fósseis dos dinossauros encontrados (Imagem: BBC Brasil)



As novas espécies ficarão no Museu da Era dos Dinossauros Australiana, em Winton, que começará a ser construído nesta sexta-feira em Queensland, com expectativa de término em 2015. Segundo as autoridades australianas, a formação Winton já rendeu mais fósseis de dinossauros que o resto do país.


“O histórico de dinossauros da Austrália é excepcionalmente pobre comparado ao de outros continentes com tamanhos similares”, escreveram os autores.

“Uma melhor compreensão da história dos dinossauros na Austrália é crucial para entender a geografia paleontológica global do grupo dos dinossauros, incluindo de grupos que anteriormente se considerava terem origem em Gondwana (o supercontinente do hemisfério sul formado pela separação da Pangea), como os titanossauros e os carcarodontossauros.”

A imprensa australiana disse que o anúncio recoloca o país no mapa das descobertas de grandes dinossauros pela primeira vez desde 1981, ano em que foi anunciado o Muttaburrasaurus, um grande herbívoro quadrúpede capaz de se apoiar nas duas patas traseiras.


extraído da BBC - Brasil

sábado, 4 de julho de 2009

Dedos da evolução

Se as aves do presente são os dinossauros do passado, algumas dúvidas precisam ser esclarecidas. Uma delas diz respeito ao membro superior desses animais. Ou simplesmente: como os dedos dos dinossauros evoluíram para as asas das aves modernas? Os membros superiores, ou as “mãos” das aves atuais, são reduzidos e integrados às asas. Estima-se que eles derivem dos segundos, terceiros e quartos dedos de uma mão ancestral. Entretanto, os dinossauros terópodes, que viveram do Triássico Superior ao Cretáceo, tinham apenas três dedos.
Uma possível resposta para o problema acaba de ser dada por um dos mais bem-sucedidos “caçadores de dinossauros”, o paleontólogo Xing Xu, do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia Vertebradas de Beijing, na China.
Ao lado de James Clark, da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, e um grupo internacional de pesquisadores, Xu descreve na edição desta quinta-feira (18/6) da revista Nature a descoberta de um “elo perdido” que pode ajudar a esclarecer a questão. Trata-se de um fóssil de um terópode herbívoro, pequeno e primitivo que viveu há cerca de 159 milhões de anos e foi encontrado no vale de Junggar, no oeste da China. O dinossauro tinha quatro dedos: um primeiro dedo bastante reduzido ao lado de outros três bem mais desenvolvidos.
Segundo os autores do estudo, a evolução de mãos para asas envolveu alterações complexas nos pulsos e dedos, e o fóssil descoberto fornece uma pista de como tais mudanças ocorreram.
O estudo demonstra também que os dinossauros terópodes eram mais diversos ecologicamente durante o Jurássico (de cerca de 199 milhões a 145 milhões de anos atrás) do que se acreditava até então.
“Essa descoberta é realmente empolgante, pois ela muda o que achávamos que sabíamos sobre as mãos dos dinossauros”, disse Xu sobre o dinossauro ao qual deram o nome Limusaurus inextricabilis. O animal tinha bico e era desdentado. A ausência de dentes, braços curtos sem garras afiadas e a presença de moela indicam que se tratava de um herbívoro, apesar de ligado aos dinossauros carnívoros do período. Os dinossauros terópodes teriam perdido dois dedos durante o curso da evolução, ficando com os três internos. De modo semelhante, embriões sugerem que as aves atuais perderam também dois dedos, só que ficaram com os três do meio. Diferentemente dos demais terópodes conhecidos, o limussauro teve seu primeiro dedo reduzido e o segundo aumentado. Ou seja, mais próximo das aves atuais do que os outros dinossauros. O limussauro é o primeiro ceratossauro encontrado no leste da Ásia e um dos mais primitivos membros conhecidos do grupo. Ceratossauros eram terópodes que muitas vezes tinham cristas ou chifres, além de ausência de garras.
Entre as descobertas feitas por Xu e colegas no vale de Junggar estão o mais velho tiranossauro (Guanlong wucaii, o mais velho dinossauro com chifre (Yinlong downsi) e o estegossauro Jiangjunosaurus junggarensis.





Limusaurus inextricabilis pequeno e primitivo que viveu há cerca de 159 milhões de anos , um elo que pode esclarecer sobre a evolução das aves

O artigo A Jurassic ceratosaur from China helps clarify avian digital homologies, de Xing Xu e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em (http://www.nature.com/)

Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/10652/divulgacao-cientifica/dedos-da-evolucao.htm

Créditos: Agência FAPESP

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Machos geneticamente melhores não são bons reprodutores

Machos com maior qualidade genética não se dão tão bem na hora de ter filhos. Diferentemente do que se imaginava, são aqueles geneticamente menos favorecidos que acabam vencendo a corrida pela fecundação. A conclusão está em um estudo publicado na edição desta sexta-feira (26/6) da revista Science, feito por cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, e da Universidade de Aarhus, na Dinamarca. Na maioria dos animais, as fêmeas procuram cruzar com vários machos em um mesmo período, ainda que uma simples relação possa ser suficiente para fertilizar seus ovos. As fêmeas fazem isso apesar de a poliandria implicar um custo maior, como o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis. Estimava-se que esse comportamento se daria porque, dessa forma, as fêmeas poderiam escolher entre vários parceiros aquele que tivesse os espermatozóides com melhor qualidade genética. No novo estudo, o sueco Göran Arnqvist e colegas testaram essa teoria com besouros minúsculos da espécie Callosobruchus maculatus (o popular caruncho-do-feijão) e verificaram que ela não se confirmou. As crias tinham também menor qualidade genética. Os cientistas observaram que os machos com maior taxa de paternidade eram justamente aqueles geneticamente mais desfavorecidos. “Os resultados apontam que os genes que são bons para os machos podem frequentemente ser ruins para suas parceiras. Em besouros, pelo menos, a poliandria não recompensa as fêmeas com benefícios genéticos”, disse Arnqvist. Segundo o estudo, a explicação para a escolha por parte das fêmeas pode ser por conta de um conflito entre alelos “sexualmente antagônicos”, que são benéficos para um sexo mas maléficos para o outro.
O artigo Postmating sexual selection favors males that sire offspring with low fitness, de Göran Arnqvist e outros, pode ser lido por assinantes da Science em (http://www.sciencemag.org/)
Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/10692/divulgacao-cientifica/melhores-machos-tem-menos-filhos.htm
Créditos: Agência FAPESP